Castanhas de São Mamede
Estivemos em pleno coração da Serra de S. Mamede, em S. Julião, e acompanhámos uma manhã de apanha de castanhas com a Tânia Militão, que há muitos anos tem este “passatempo” sazonal.
A orientação noroeste-sudeste que caracteriza o conjunto montanhoso da Serra de S. Mamede permite-lhe usufruir de uma diversidade florística inigualável.
Para além da singular paisagem que fascina quem por lá se aventura, esta imponente serra presenteia-nos com um clima quente e seco nas encostas voltadas a sudoeste e um clima mais fresco e húmido nas encostas orientadas para nordeste - o clima tipicamente conhecido por mediterrânico.
Sendo o castanheiro uma árvore de meia luz, facilmente adaptável a diversos tipos de clima (preferindo, ainda assim os climas húmidos, luminosos e não demasiado rigorosos) esta foi, por muitos séculos, uma das principais fontes de alimento das famílias da região sendo que, ainda hoje, representa um importante papel na economia local: gerador de emprego sazonal, eventos gastronómicos, culturais e eco-turismo.
Os castanheiros da Serra de S. Mamede apreciam verões quentes, outonos chuvosos, invernos frios e solos ligeiramente ácidos, resultantes do xisto das serras.
Repousam, imponentes, com copas a rondar os 20-30 metros de altura, lado a lado com o rio Xévora que os nutre e alimenta com as suas águas puras e cristalinas, durante todo o ano.
Água, calor e solo serrano, apenas isso e nada mais.
Assim nasce o fruto dos frutos. Rainha dos outonos e princesa dos serões das famílias.
Como explicou Tânia Militão, “A nossa castanha tem um aporte de minerais que apenas a conjugação de clima-solo da Serra de São Mamede lhes confere. Rica em vitamina C, potássio, fósforo e ácido fólico, esta é, sem dúvida, a nossa maior aliada nos meses frios de Inverno. Apanhadas manualmente, uma a uma, respeitando o ciclo do castanheiro e da maturação do seu fruto, assim se consegue uma castanha única em sabor e em qualidade. Assim são, as castanhas da Serra de S. Mamede.”
Pãezinhos de farinha de bolota
Uma receita assustadora e saborosa para o Halloween? Pãezinhos de farinha de bolota sangrento ?
? INGREDIENTES
100 ml de azeite
750 ml água morna
500 g de farinha de bolota
1000 g de farinha de centeio
60 g de fermento de pão
Sal q.b.
Mel q.b.
? PREPARAÇÃO
Junte a farinha de bolota com a farinha de centeio num alguidar. Junte 3 ou 4 colheres de mel, o fermento e a água.
Amasse e junte o azeite, volte a amassar bem até que a massa fique homogénea. Deixe a levedar de um dia para o outro, cerca de 8h.
Deixe em repouso cerca de 40 minutos e coloque num tabuleiro para ir ao forno. Faça um corte em forma de cruz por cima da massa e deixe cozer durante uma hora a cerca de 120º.
E não se esqueça de adicionar doce para fazer de sangue!
Coloque o forno a 200º e deixe mais 40 minutos.
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Bolachinhas de Farinha de Cogumelo, Nozes e Aranhas
Hoje partilhamos a receita de Bolachinhas de Farinha de Cogumelo, Nozes e Aranhas, onde pode usar os produtos da nossa Despensa (só não temos as aranhas ?).
? INGREDIENTES
350g de farinha sem fermento
35g de farinha de bolota
250g de açúcar
2 ovos inteiros
75g de Flora
150g de nozes moídas
1 colher de sopa de canela
? PREPARAÇÃO
Amasse os ingredientes todos e deixe a massa obtida em descanso durante meia hora. Com a ajuda de um rolo de massa tenda uma massa fina, com cerca de 3mm.
Faça as bolachinhas com formas cortantes circulares ou com a forma desejada.
Unte um tabuleiro com manteiga e coloque as bolachas para irem ao forno a 180ºC previamente aquecido.
Deixe cozer durante cerca de 15 minutos.
Polvilhe as bolachinhas com aranhas de chocolate!
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Thursday Gin – Visita ao Produtor
Este Gin Alentejano foi criado e desenvolvido em 2018 na aldeia de Alagoa, freguesia do concelho de Portalegre, e nasceu para ser saboreado e brindado por um grupo de amigos que às QUINTAS-FEIRAS, de 15 em 15 dias, se juntavam para petiscar, desanuviar e beber uns copos como uma verdadeira família.
Destilado em pequenas quantidades em alambique tradicional, com uma produção de 200 garrafas por lote, resultando uma qualidade superior. Destilado a partir de 9 botânicos, são eles o zimbro, sementes de coentros, raiz de alcaçuz, raspa de limão, cardamomo, sementes de funcho, louro, erva príncipe e sementes de anis (o limão, o louro e a erva príncipe são de produção biológica), cuidadosamente seleccionados e combinados entre si na destilação. Pode ser degustado puro para os palatos mais fortes ou da forma tradicional adicionando água tónica, folhas de hortelã e uma casca de limão! Thursday Gin é já uma referência nacional do Alto Alentejo.
Estivemos à conversa com Duarte Martins, o mentor deste projeto, para tentarmos perceber um pouco melhor do seu negócio.
DF: Duarte como é que tudo começou e de onde nasceu a ideia de criar um Gin?
DM: Na verdade tudo começou na tertúlia de amigos em que eu participava às quintas-feiras, e fui muitas vezes desafiado por eles “Puto e se fizéssemos um Gin para os nossos petiscos das Quintas Feiras?”, e eu lá ia respondendo “isso não se faz assim, de qualquer maneira, mas prometo que vou pesquisar e depois falamos”.
DF: E quais os passos que deste para tentar?
DM: Após muitas horas de pesquisa concluí que fazer um Gin era bastante complicado, e acertar numa receita sem o conhecimento de uma boa mistura de botânicos, já para não falar das poucas condições em que trabalhava, certamente não iria correr bem. Era preciso um milagre para fazermos uma coisa que à primeira tentativa saísse bem e que se conseguisse beber. Foi o que transmiti aos amigos e a ideia ficou por ali.
DF: E o que te fez mudar de ideias?
DM: Durante a fase em que desisti da ideia, tinha absorvido muitas informações na minha pesquisa e foi aí que percebi que tinha de pelo menos voltar a tentar e… já não consegui desistir. Sabia que se experimentasse em quantidades mais pequenas, diversas misturas, várias experiências e diferentes maneiras de destilar, aconteceria alguma coisa, iria nascer algo de único.
DF: Quanto tempo estiveste em experiências até chegar à fase final do produto?
DM: Estive cerca de 4 meses a tentar, a cometer erros, corrigir esses erros, adicionar e eliminar botânicos…e, finalmente, nasceu algo único, cheguei a uma receita e assim surgiu o THURSDAY GIN.
DF: Como defines o teu produto?
DM: Alentejano por Natureza! É um Gin de carácter artesanal, criado e desenvolvido em Alagoa e destilado em Portalegre, com alguns botânicos da horta!
DF: E que tens em mente para o futuro do teu Gin?
DM: O meu objetivo será, ao fim de 5 anos, estar a produzir 5000 garrafas e descobrir o meu próprio espaço. A partir daí, tenho a certeza, que o THURSDAY GIN descobrirá muitos outros caminhos.
Fomos à RTP1
A Festa das Vindimas, programa da RTP1, foi à região do Alto Alentejo e conheceu a Despensa Franciscana! Fomos ao programa, representados pela fundadora Suzana de Matos, em que falou das motivações que a levaram a criar este projeto e de toda uma mudança de vida. Caso não tenham assistido, podem rever agora aqui!
Visita à empresa Olimel
Fomos conhecer a Olimel – Azeite e Mel, uma empresa familiar que nasceu a partir de um sonho do fundador João Ferreira. Nascido na aldeia alentejana da Cunheira, João cresceu rodeado dos sabores ricos e genuínos de alimentos, que na altura estavam destinados apenas ao consumo exclusivo da sua família.
Formado em Engenharia Electro Mecânica e após alguns anos em Lisboa, decidiu regressar à sua terra natal para reproduzir e dar a conhecer ao mundo os produtos que continuava a guardar no seu imaginário. Aos 60 anos, João Ferreira tirou três cursos técnicos no Instituto Superior de Agronomia, inscreveu-se na Associação de Apicultores de Portalegre, chamou a família e pôs mãos à obra.
Foi com a filha, Maria João Ramos, que estivemos à conversa e conseguimos perceber um pouco melhor do negócio desta família e até experienciar a cresta - arte de extração do mel. Maria João afirmou que foram recuperadas as centenárias oliveiras da propriedade e também a arte e método tradicional de produção de mel. Deste trabalho resultou o Azeite Tapada da Fonte e o Mel D'Abelha.
Os azeites são de baixa acidez e a qualidade é garantida através do processo de extração a frio. Este produto de características nobres, é um azeite frutado, de cor dourada, com aroma e sabores suaves. O clima mediterrâneo e o solo puro e fértil, em conjunto com as características tradicionais da azeitona e uma produção tradicional e orgânica, garantem um azeite de qualidade e 100% natural.
O Mel D'Abelha é produzido em apiários e herdades próprias puras e despoluídas. A elevada qualidade das abelhas rainha importadas da Argentina, são o resultado de dez anos de investigação que levou à obtenção de uma espécie mais dócil, produtiva e resistente. As características do mel, beneficiam da brisa suave do clima mediterrânico e de uma flora composta de rosmaninho e de flores silvestres. Os sabores florais leves devem-se à alimentação pura e natural das abelhas e a sua cristalização a baixas temperaturas é uma garantia de qualidade.
Fruto de três gerações que se reúnem em torno do mesmo objetivo, resultam produtos que lembram os sabores tradicionais portugueses e as reconhecidas propriedades medicinais, quer do azeite quer do mel.
Pode adquirir estes produtos na nossa Despensa Franciscana e garantir produtos saudáveis e de grande qualidade na sua mesa.
Salsicharia Alpalhoense
Fomos visitar a Salsicharia Alpalhoense, empresa centenária e de referência no Alto Alentejo. Situada na freguesia de Alpalhão, concelho de Nisa, esta empresa familiar, atualmente propriedade de Maria do Carmo Carrilho, conta com mais de um século de existência. Foi fundada pela sua bisavó, conhecida pela “Ti Mariana do Bicho”. De destacar também a forte presença de sua mãe, Angélica Temudo Carrilho, que durante muitos anos, toda uma vida, deu a cara por este projeto.
O segredo desta empresa está na arte e no saber ancestral, associada à experiência adquirida ao longo de mais de um século, que constitui a base fundamental para a produção de enchidos de qualidade superior.
Maria do Carmo, proprietária desde 2005, informou-nos que segue os métodos tradicionais que lhe foram transmitidos pela sua mãe e que nunca alterou nem a fórmula nem os métodos artesanais de produção.
Os enchidos desta empresa são confecionados a partir de carne de porco, cortada e temperada, seguindo-se uma fase de maturação e o enchimento da tripa natural. A cura é feita durante alguns dias em fumeiro de lenha de azinho. A tradição, aliada à modernidade, permite obter produtos de excelência, cujo sabor dificilmente cairá no esquecimento.
Na variedade dos produtos podemos encontrar:
- Chouriço tradicional, de porco preto e farinheiras: ideais para assar;
- Painho de porco preto, paio do lombo, morcela ou lombo enguitado: ideais para comer crus;
Mas a verdadeira rainha da casa é a cacholeira. Um enchido característico e exclusivo desta região que, idealmente, se deve comer assado na brasa. Quem a come uma vez, tem sempre de repetir. A Salsicharia Alpalhoense é também um dos locais onde poderá adquirir uma Ginjinha Franciscana.
Espreite aqui:
Cupcakes de Bolota no micro-ondas
No regresso às rotinas e ao dia a dia mais agitado, não há nada melhor do que uma receita rápida e saudável. A receita de hoje são uns saborosos cupcakes de bolota feitos no microondas, deliciosos e muito saborosos. ?
? INGREDIENTES (8 unidades)
100g de Farinha Integral de Bolota TerriuS
1 iogurte natural
70g de açúcar ou adoçante
70g de farinha para bolos
1 colher de sopa de óleo vegetal
4 ovos
? PREPARAÇÃO
1. Bata os ovos e junte a farinha de bolota, mexa muito bem.
2. Junte o açúcar ou adoçante e mexa até dissolver.
3. Junte a farinha para bolos e de seguida o iogurte, mexa até ficar uma mistura homogéneo.
4. Por fim, junte o óleo, mexa muito bem e coloque em formas de silicone, sem encher completamente.
5. Coloque no micro-ondas 3 minutos, se achar que não estão bem cozidos acrescente 1 minuto.
Sugestão: Coloque pepitas de chocolate por cima.
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Folhadinhos de shitake e bacon
O mês de setembro é o mês de recomeços, regressar à rotina e começar a organizar tudo. Para dar uma ajuda nos snacks para os mais pequenos, deixamos-lhe uma receita de folhadinhos de cogumelos shitake e bacon. ?
? INGREDIENTES (4 pax.)
1 embalagem de 30g de cogumelos Shitake TerriuS
Massa folhada
Bacon q.b.
5 dentes de alho
Molho de soja
1 copo de vinho branco
1 gema de ovo
Sal e pimenta preta q.b.
? PREPARAÇÃO
1. Deixe os cogumelos hidratar durante 15 minutos em água morna.
2. Pique os dentes de alho e aloure-os numa frigideira, em lume brando, com duas colheres de sopa de azeite
3. Junte o bacon e deixe refogar durante 10 minutos.
4. Prepare a massa folhada. Corte em circulos de diâmetro ligeiramente superior ao das formas que vai utilizar. Corte outros circulos de diâmetro inferior para servirem de tampa.
5. Na frigideira, acrescente os cogumelos, tempere com molho de soja, sal e pimenta e deixe-os suar. Acrescente um copo de vinho branco e espere 10 minutos, mexendo de vez em quando e envolvendo bem.
6. Pré-aqueça o forno, a 180ºC.
7. Unte e forre as formas com a massa folhada. Encha-as com o preparado e tape-as. Pincel com a gema de ovo bem batida, e leve ao forno durante 15 minutos.
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10 coisas a visitar no Alto Alentejo
Hoje falamos de 10 locais que consideramos imperdíveis no Alto Alentejo!
1. Passadiços do Alamal
Localizados no distrito de Portalegre, estes passadiços permitem um passeio diferente pelas paisagens naturais do Alentejo!

2. Trilho da Barca d´Amieira
Este trilho, com cerca de 3,6 km de extensão, liga a Barca d’Amieira, em Amieira do Tejo, ao miradouro transparente sobre o Tejo (skywalk), junto à Barragem do Fratel. Arranje um calçado confortável e aventure-se!

3. Rua de Santa Maria em Nisa
Mesmo no centro histórico de Nisa, foi recentemente requalificada a Rua de Santa Maria, conhecida pela sua calçada inigualável!

4. Coudelaria Alter do Chão
A Coudelaria de Alter do Chão é a mais antiga e notável Coudelaria Portuguesa e, no mundo, a que mais tempo leva de funcionamento ininterruptamente. Vale mesmo a pena fazer uma visita.

5. Forte da Graça em Elvas
Esta esplêndida e grandiosa construção em Elvas é um exemplo da arquitetura militar do séc. XVIII e considerada por muitos historiadores uma das mais poderosas fortalezas do mundo!

6. Zona Histórica de Campo Maior
Quem não adora passear pelas ruas do centro histórico de qualquer cidade? Campo Maior tem uma zona histórica imperdível, onde se destaca sobretudo o Castelo de Campo Maior, da época medieval.

7. Museu da Tapeçaria de Portalegre
Este museu, dedica-se à tapeçaria de Portalegre, à sua conservação e estudo e homenageia Guy Fino, fundador da Manufactura de Tapeçarias de Portalegre. Vai poder encontrar verdadeiras obras de arte e ficar surpreendido!

8. Castelo de Estremoz
O Castelo de Estremoz, erguido em posição dominante sobre uma colina ao norte da serra de Ossa, foi mandado construir por D. Dinis para a Rainha Santa Isabel no séc. XIII.

9. Praia Fluvial Avis na Albufeira do Maranhão
Vai querer visitar a Praia Fluvial de Avis até ao final do verão e aproveitar as paisagens incríveis! Fica localizada a apenas 5 minutos do centro da freguesia de Avis.

10. Barragem de Montargil - Atividades Náuticas
Na Barragem de Montargil, para além de poder aproveitar a natureza e a calma deste lugar, pode ainda fazer inúmeras atividades náuticas, como andar de mota de água, kayak, paddle surf e muito mais!

Quais são os destinos que acha imperdíveis no Alentejo?