Tostada Franciscana

Ingredientes:

  • Fatias de pão alentejano
  • Nozes
  • Tomate cherry
  • Queijo alentejano de ovelha ou cabra
  • Azeite
  • Oregãos
  • Compota de ginjinha Franciscana

Modo de preparação:

Pré aquecer o forno a 220º. Pincelar as fatias de pão com azeite e dispor os ingredientes pela seguinte ordem: fatias de queijo fininhas, tomate cherry em rodelas finas, nozes partidas em pedaços pequenos, orégãos e por fim a compota de ginjinha espalhada por cima de toda a tostada.
As quantidades podem ser colocadas ao gosto de cada pessoa. Levar as tostadas ao forno por 10 minutos e servir de seguida acompanhadas de um bom vinho tinto alentejano.


Alojamento Local - Monte da Falagueira

A meio caminho entre Portalegre e Arronches nasceu o Monte da Falagueira.

Um Alojamento Local no alto de uma colina, cercada por um enorme montado, onde o ar se respira puro e a paisagem que se alcança é de cortar a respiração.

O Monte da Falagueira nasce pela mão dos seus anfitriões Inês e Ricardo, que, com o desejo de remodelarem a casa dos bisavós do Ricardo, que tantas e boas memórias lhe trazia do passado, decidiram dar vida e cor a esta recuperação e abrir um Alojamento Local, projetado para se tornar um refúgio no meio da natureza. Foi o sentimento pelas raízes e pelo passado, que fizeram com que criassem este projeto de sonho, onde colocaram toda a emoção e dedicação durante 4 anos até abrirem portas ao mundo em outubro de 2023.

Fomos visitar este local idílico e ficámos a conhecer um pouco melhor a história dos anfitriões. Na chegada fomos recebidos pela Inês que prontamente se disponibilizou para uma boleia até ao alojamento na sua moto 4x4 e ficámos a perceber que todos os hóspedes são recebidos da mesma forma.

Inês e Ricardo nasceram e cresceram em Portalegre, namoraram na adolescência, mas a dada altura cada um seguiu o seu caminho, saíram de Portalegre e perderam por completo o contacto. Inês rumou a Lisboa para se licenciar em gestão bancária, profissão que nunca chegou a exercer e Ricardo, já topógrafo, foi para Guiné Conacri exercer a sua profissão.

Anos mais tarde, por coincidência do destino, reencontraram-se e o primeiro amor falou mais alto. Ricardo já a trabalhar em Portalegre e Inês ainda em Lisboa, ficaram noivos e… rapidamente se casaram e Inês regressou de vez ao Alentejo.

Após o casamento foram viver para a casa da família do Ricardo, junto ao atual Monte da Falagueira, tiveram três lindas filhas e acabaram por criar o próprio negócio. Inês acabou por desistir do trabalho que exercia na área de contabilidade e dedicou-se de coração a 100% ao alojamento e à família.

Em sintonia com a tranquilidade do Alentejo, este alojamento tem capacidade para acomodar até 8 hóspedes, dispõe de 4 quartos, uma sala de jantar, uma cozinha totalmente equipada e 3 casas de banho. Equipado com ar condicionado, o alojamento apresenta também uma piscina exterior e estacionamento privado gratuito. É um espaço idealizado para famílias ou amigos que pretendam ter uma casa de campo por uns dias, onde o sossego e a comunhão com a natureza fazem parte da estadia.

O espaço exterior da casa foi pensado para a realização de eventos, para quem queira realizar um acontecimento especial no campo, desde eventos empresariais, casamentos, batizados ou até festas de aniversário. Um local que, muito provavelmente, marcará, de uma forma muito especial, qualquer que seja o acontecimento.

Contactos:

Monte da Falagueira

Estrada Nacional 246, 11
7300-730 Arronches, Portalegre

reservas@montedafalagueira.pt
(+351) 915 873 056


OFICINA D´ART by Susana Perpétua ceramista

Fomos visitar a Oficina d´Art de Susana Perpétua e conhecer um pouco mais da história desta reconhecida ceramista do Alto Alentejo.

Susana, uma ribatejana de Santarém, com apenas 3 meses veio para o Alentejo com a família, por obrigações profissionais do seu pai, acabando por ficar e adotar a região como a sua terra natal.

Toda a sua adolescência foi passada na vila da Comenda e aos 17 anos, por opção, saiu do Alentejo para trabalhar. Como integrou o mercado de trabalho muito nova, acabou por abranger e ingressar várias e diferentes áreas desde trabalhos em hotelaria, a trabalhos com crianças.

Desde muito cedo que Susana manifestou o interesse pelas artes e mesmo em pequenina só queria pintar e rapidamente substituía os livros da escola por uma caixa de lápis de cor e umas folhas de papel.

Susana confessou-nos que sempre quis ser artista sem estudar, ou seja, várias vezes a sua mãe a chamava a atenção para estudar mesmo querendo ser artista, mas a irreverência da Susana sempre falou mais alto e conseguiu levar a água ao seu moinho.

Depois de alguns anos a trabalhar fora, em 1998 regressa ao Alentejo, mais concretamente à vila do Crato e decide finalmente tirar um curso de cerâmica em Flor de Rosa na reconhecida Escola de Olaria. Aprendeu todo o oficio do barro nesta escola, mas após o curso não conseguiu trabalhar nesta área porque na altura teve medo de arriscar.

Mas o bichinho estava lá e voltou à Escola de Olaria onde começa a trabalhar nos barros de Flor da Rosa e onde ficou ao longo de mais de 20 anos.

Aprendeu tudo o que havia a aprender, começou a ensinar e formou muita gente, nesta que é uma arte que presentemente tem poucos adeptos e tende a desaparecer, mas que já foi uma arte de extrema importância para a região. Susana refere que trabalhou nesta escola no seu auge. Desta escola saíam peças de todas as maneiras e feitios e para todo o lado, desde tachos, cântaros, panelas, assadeiras, alguidares, caçarolas entre outros, que tanto enriqueciam os restaurantes e a gastronomia nacional, derivado às suas características de apurar os sabores e paladares das comidas.

Não querendo cruzar os braços e na tentativa de perpetuar esta arte, desde 2022 que Susana criou e abriu o seu próprio atelier, na vila de Gáfete, onde reside atualmente e decidiu finalmente dar o passo sozinha.

Susana é uma ceramista já muito reconhecida e conta com um vasto leque de clientes não só cá dentro, mas também em alguns cantinhos lá fora.

A cerâmica é sua paixão e Susana não se vê a fazer mais nada que não esta arte, que espera levar até ao resto da sua vida.

Quando questionada sobre o que lhe dá mais prazer neste seu ofício, disse-nos que adora pintar o Alentejo, não gosta de repetir peças e adora moldar.

A arte de ensinar ficou-lhe no sangue desde os tempos em que ensinava na Escola de Olaria de Flor da Rosa e atualmente dá formações em universidades séniores (um público que admira muito e nutre um especial carinho) dá aulas individuais e promove workshops.

Susana adverte para o facto de ser necessário dar continuidade a esta arte e desafia os mais novos a meter a “mão na massa” e a experienciar as potencialidades do ofício.

Foi um prazer ter estado com esta ceramista, ter conhecido mais de perto a sua história e a sua arte e não resistimos a trazer umas peças que vamos partilhar convosco aqui no site e que poderá adquirir se se apaixonou tanto como nós!

Se quiser ter uma experiência com a Susana Perpétua deixamos-lhe aqui os contactos.

Susana Perpétua

Tel. +351 966 355 917


Broas Franciscanas

As broas são bolos de especial tradição na Páscoa, Natal ou Dia de Todos os Santos, mas são boas em qualquer altura do ano. Fizemos uma adaptação da receita com a nossa ginjinha Franciscana e o resultado não podia ter sido melhor.

Com a Páscoa em breve, desafiamos os nossos leitores a por a mão na massa e a produzir as nossas broas Franciscanas.

Partilhem connosco os resultados. Encontre aqui os ingredientes necessários e o modo de preparação, vai ver que é muito fácil.

Ingredientes

  • 5 ovos inteiros + 2 gemas para pincelar
  • 250ml de açúcar amarelo
  • 200 ml de azeite
  • 2 col. sopa de mel
  • 50ml de ginjinha Franciscana
  • 500 g farinha

Modo de Preparação:

  • Numa tigela batem-se os ovos e o açúcar até se obter uma massa fofa. Pode usar o batedor se preferir.
  • Entretanto, aquece-se um pouco o azeite e duas colheres de sopa de mel em banho-maria. Junta-se ao preparado anterior e bate-se um pouco mais. A partir daqui a massa deve ser trabalhada à mão.
  • Adiciona-se a farinha e a ginjinha e, se for necessário, um pouco mais de farinha. Se desejar um sabor mais intenso, duplique a dose da ginjinha. A massa deve desprender-se das mãos e ficar macia.
  • Retira-se a massa da tigela e põe-se a descansar um pouco sobre uma tábua com farinha. De seguida tendem-se as broas no formato que gostar.
  • Pincelam-se com as gemas e levam-se a cozer em forno previamente aquecido a 180º, num tabuleiro polvilhado com farinha, durante 25m ou quando começarem a ficar alouradas.

Devem ser acompanhadas de um cálice de ginjinha Franciscana!

Bom apetite!


Alojamento Vila Alpalhão

No final do ano de 2023 nasceu um novo alojamento local em Alpalhão, um espaço cuidadosamente remodelado para receber todos aqueles que apreciam uma boa estadia em família ou entre amigos.
Fomos conhecer o mais recente projeto de Filipe Duarte, filho da terra que, com 18 anos, saiu de Alpalhão para estudar fora e foi em Coimbra que se licenciou em engenharia civil. 29 anos mais tarde regressou às suas origens alpalhoeiras e alentejanas, colocando a sua experiência profissional ao serviço do seu projeto pessoal. Foi na nossa visita que tivemos a oportunidade de ficar a conhecer um pouco melhor da história deste bonito espaço.

A saudade das memórias do passado levou Filipe, juntamente com a sua mulher Susana, a recuperar parte do património familiar que outrora foi testemunha de muitas alegrias e costumes. Movidos pela vontade de retornar às origens, pensaram que seria uma ótima ideia partilhar este local com outras pessoas, que certamente o iriam apreciar tanto como eles. E foi assim que deram início ao projeto Alojamento Alto Alentejo.

Com alguma resiliência e força de vontade aliadas a alguma ajuda de família e amigos, Filipe recuperou um dos locais da sua infância, para proporcionar a todos aqueles que procuram este tipo de espaços, uma estadia confortável.

Filipe Duarte, o nosso anfitrião, referiu ainda que construíram este projeto pensado para diferentes objetivos e de acordo com as necessidades dos futuros hóspedes. Por isso pretendem, no decorrer dos próximos 3 anos, implementar 3 tipos distintos de turismo no Alto Alentejo:
- Alojamento local: Alojamentos Vila de Alpalhão
- Agroturismo: Casas Monte Crato (em projeto)
- Casa de Campo: Nature House Nisa (em projeto)

Com o objetivo de dar a conhecer e partilhar o que de melhor tem a região, o anfitrião conta com todos os amigos, conhecidos, familiares, futuros clientes e desconhecidos na concretização deste sonho e grande aventura.
A ambição é grande, a vontade é enorme e a beleza… “bom, essa é natural e já cá está à vossa espera!” Conforme referiu Filipe Duarte.

O Alojamento Vila de Alpalhão, dispõe de 4 quartos, uma sala de estar, uma cozinha totalmente equipada com frigorífico e máquina de café e 2 casas de banho com banheira e produtos de higiene pessoal gratuitos.
Esta será uma excelente estadia para desfrutar do Alto Alentejo em família ou com um grupo de amigos.
O primeiro de três ambiciosos projetos já nasceu em Alpalhão.

Alojamento Vila de Alpalhão
Rua do Arrabalde 6A
6050-013 Alpalhão
alojamentosaltoalentejo@gmail.com
Tel. +351 964 211 754


Entrevista a César Azeitona

Numa tarde de outono ainda solarenga, fomos ao encontro do escritor e radialista César Azeitona, uma figura muito acarinhada e popular na região do Alentejo, pois para além de passar a sua boa disposição através dos microfones da Rádio Portalegre, tem ainda tempo para ser escritor e vai já no 4º volume da sua coletânea “Gentes das Gentes – Histórias de vida”. Read more


Alentejo Villas - AL no Crato

Fomos até ao Crato à descoberta de um Alojamento Local e ficámos surpreendidos com um local cheio de história, natureza e artes decorativas, completamente diferente do habitual.

Foi pela mão de Marisa Osório Farinha, co-fundadora deste projeto Alentejo Villas, diretora artística da prestigiada marca SIÈCLE Paris há 30 anos, que tivemos o privilégio de conhecer cada recanto desta encantadora casa de autor.

A Casa dos Pássaros, como é conhecida, está localizada no coração da vila histórica do Crato, berço da Ordem dos Hospitalários em Portugal no início do século XIII e foi minuciosamente restaurada durante dois anos. Marisa aliou toda a experiência de uma vida nas artes decorativas e desenvolveu um conceito à volta da arte e, cada pormenor que encontramos nesta casa, tem um toque especial, simples e descontraído, da sua responsabilidade, como define a própria Marisa.

Referiu-nos, ainda, que a sua intenção ao criar este projeto, foi o de reinterpretar a decoração das casas senhoriais portuguesas, desde as pinturas decorativas, estuques, cerâmicas ou têxteis, onde conjuga a sua própria criatividade com a simplicidade e requinte da arte alentejana de bem receber.

Atualmente, Marisa desenvolve o conceito de Alentejo Villas by Siècle, do qual a Casa dos Pássaros é o primeiro projeto. A ideia de iniciar nesta região, prende-se com os tão bons momentos da sua infância nesta maravilhosa região do Alto Alentejo. A escolha dos locais para este e próximos projetos, terão de representar a identidade de um território e de uma população, pretendendo instalar-se no centro das várias vilas,
onde o passado e a história se abrem à descoberta de sensações e experiências para os visitantes em busca de património, autenticidade, identidade e história. 

A Casa dos Pássaros dispõe de 4 quartos, uma sala de estar, uma sala de jantar, cozinha, terraço e piscina. É o local ideal para passar umas pequenas férias em família ou entre amigos onde se pode recarregar energias, rodeado de natureza, sossego e ar puro. Os hóspedes deste alojamento local podem ainda contar com o apoio da Despensa Franciscana, se pretenderem ter uma experiência de degustação de produtos da região, na própria casa ou, caso optem por desfrutar de um picnic ao ar livre e, se assim for, a empresa TOOBRAA ficará encarregue dessa parte!


Alentejo Villas
Rua 5 de Outubro nº 53
7430-137 Crato
Contacto: +351 937 336 497
Email: alentejovillas@gmail.com
https://www.alentejo.villas/



LUGAR D´ VAGAR

Foi com muito “vagar” que fomos ao encontro do empresário Daniel Roldão, num paraíso escondido no meio do sossego e do silêncio, ao alcance de quem aprecia passar uma estadia sem pressas e em absoluta comunhão com a natureza.

Daniel Roldão é um dos empresários mais emblemáticos da nossa região do Alto Alentejo e do sector agroalimentar, representa os Sabores de Santa Clara há cerca de 2 décadas. Desafia-se a cada dia a alargar os seus horizontes enquanto empresário, e foi num dos seus mais recentes projetos que passámos um dia de verão, onde o sol teimava em não aparecer, mas o calor levou a melhor e proporcionou uma conversa descontraída e muito animada.

Lugar d´ Vagar, é uma casa de férias acolhedora inserida em ambiente de turismo rural, com absoluta privacidade. Está localizada num vale paradisíaco, no limite do Parque Natural da Serra de São Mamede, entre Castelo de Vide e Portalegre.

Esta casa de férias tem uma piscina privada aquecida todo o ano, leu bem, aquecida todo o ano (faz as delícias de quem faz férias no inverno naquele alojamento), um jardim e estacionamento. A casa dispõe ainda de um bonito terraço com vista para a serra, tem 2 quartos, uma sala de estar, uma cozinha equipada e 1 casa de banho.

Depois de termos mergulhado na piscina ao som de uma playlist escolhida a rigor pelo empresário, fomos contemplados com um almoço no terraço, onde não faltaram as iguarias dos Sabores de Santa Clara.

Começámos com umas belíssimas bolachas de vinho do Porto com queijo de cabra, saboreámos um salmão e legumes assados aromatizados com azeite de barrar, terminámos com um carpaccio de laranja com rebuçado de ovo regado com groselha, canela e uma sugestão de lavanda e alecrim. Todas estas iguarias foram acompanhadas com um bom vinho branco e refrescadas com um belo xarope de groselha. Ainda sobrou um espacinho para que, juntamente com o café, provássemos o doce de abóbora da sua produção artesanal e finalizássemos com um licor de poejo.

Durante todo o tempo que estivemos no Lugar D´Vagar, fomos contemplados com a presença do Zé Francisco, o anfitrião de serviço, um amável burro que faz as delícias daquele local e de quem o vista.

Desafiamos todos os leitores que necessitem de uma estadia para desligar do quotidiano que venham até ao Alto Alentejo e usufruam do “vagar” deste espaço paradisíaco.


Lugar D´Vagar
Vale Serrão,
7320-017 Castelo de Vide

Reservas: lugar.d.vagar@gmail.com

Convidamos ainda a dar uma vista de olhos nos produtos dos Sabores de Santa Clara na nossa loja online.



PRODUTOS RECOMENDADOS


Restaurante - A Cabana

E foi na Cabana junto à praça principal de Arronches que ficámos rendidos às iguarias servidas pelo Chef Luís Figueira, proprietário do Restaurante a Cabana. Ao som de uma belíssima playlist de fados portugueses, demos início às hostilidades com uma entrada de presunto alentejano fatiado, acompanhado de um excelente pão regional e do vinho da casa. Logo se seguiram as bochechas de bacalhau ao bolhão pato em cama de pão alentejano torrado, as burras estufadas acompanhadas com batatas fritas crocantes e um misto de saladas verdes (dois dos pratos mais vendidos no restaurante) e ainda houve um espacinho para degustar uma deliciosa encharcada acompanhada de uma ginjinha Franciscana.

Este espaço abriu portas há 11 anos, com o Luís e a esposa Andreia, dois alentejanos, Luís natural de Arronches e a Andreia de S. Vicente. Estivemos numa conversa descontraída com este simpático casal, num ambiente desanuviado onde o tempo passou sem darmos por ele, ficámos a conhecer um pouco melhor deste local e ainda tivemos a oportunidade de escutar o Chef Luís a tocar o instrumento da casa, um belo jogo de pedrinhas!

DF: Como decidiram dar vida a este projeto?

LF: Decidimos criar um espaço diferente. Idealizámos um local onde se pode comer uns bons petiscos, ouvir boa música e conversar com os amigos. Sendo a ideia inicial fazer apenas tapas, mas nos últimos anos fomos obrigados a ir modificando o menu, devido a crises, pandemia e, mais recentemente, a guerra!

DF: Que passos deu até chegar à “Cabana”?

LF: Trabalhei na noite desde muito cedo (15/16 anos) e antes de tirar a licenciatura em turismo tive a intenção de abrir um bar em Arronches, mas acabei por vir trabalhar na área para outros durante algum tempo.  Após a minha licenciatura, ganhei experiência em alguns restaurantes e aos 27 anos decidi arrancar com a Cabana, juntamente com a Andreia.

DF: É um sonho antigo ou apareceu do acaso?

LF: Não foi um sonho desde sempre mas acabou por ganhar expressão nas experiências profissionais que tive ao longo da minha vida e virou um sonho do acaso.

DF: Qual é a sua grande fonte de inspiração para a elaboração dos pratos?

LF: A inspiração vem da minha família, sobretudo da minha da minha avó materna que não gostava muito de cozinhar, mas fazia muitas coisas irrepetíveis e extraordinariamente saborosas e, também, da minha mãe, que cozinha muito bem. Posso mesmo dizer que a grande inspiração surgiu das mulheres da minha família. Como observador, fui estando atento à preparação dos pratos e acabei por criar o gosto nesta área, adicionado o meu toque especial.

DF: Em relação ao menu, referiu que foram mudando ao longo dos tempos. Neste momento quais os pratos mais emblemáticos desta casa?

LF: Trabalhámos durante muito tempo com tapas e cocktails, mas com o tempo, fomos criando alguns pratos que fazem muita gente deslocar-se até aqui, fazendo muitos quilómetros. Destaco:

- As Burras, são as bochechas de porco, uma carne tenra e suculenta muito utilizada na culinária alentejana.

- O Wellington de bacalhau, um prato com lombos de bacalhau fresco.

- As verdadeiras carnes de porco preto

- A francesinha, que foi a nossa salvação durante a pandemia e que acabou por ficar. Não sendo um prato típico da região do alto Alentejo, conseguimos dar-lhe um toque com os nossos sabores regionais.

DF: O que nunca pode faltar na Cabana?

LF: Privilegiamos todos os produtos regionais, pelo nunca podem faltar as matérias-primas da nossa zona. Falo de enchidos, queijos, vinhos, cervejas artesanais, gins alentejanos e agora até temos uma nova ginjinha Franciscana para os nossos clientes. Gostamos de trabalhar com parceiros fixos e cujos produtos sejam de qualidade. Acreditamos que estas parcerias permitem uma maior fidelização dos nossos clientes ao nosso espaço.

DF: Existem projetos para o futuro?

LF: A nossa maior preocupação neste momento e nos que se avizinham, é manter a qualidade e continuar a receber pessoas de todo o mundo, que nos visitam por recomendação. Esse é o nosso grande objetivo hoje e amanhã, servir o melhor que sabemos e proporcionar um ambiente descontraído aos nossos clientes.

DF: Quer deixar alguma mensagem aos nossos leitores e seguidores da Despensa Franciscana?

LF: A nossa Cabana é um local onde são todos bem recebidos, para conhecer um pouco melhor da nossa gastronomia, histórias e tradições. Será um prazer recebê-los.


Restaurante a Cabana

R. de Olivença, 20

7340-019 Arronches



CERVEJA ARTESANAL DO ALENTEJO

Quem disse que no Alentejo só bebe um bom vinho?

Luís Ramos alentejano portalegrense, afirma com muita convicção que também se pode beber uma boa cerveja artesanal por esta região.

A Despensa Franciscana foi até à vila dos Fortios conhecer o projeto do Luís, chamado de Casa do Penedo Brewery e pôde comprovar que efetivamente já se fazem cervejas artesanais de excelência.

O mentor da Casa do Penedo, que nunca abandonou as suas raízes alentejanas e sempre estudou por Portalegre, tirou o mestrado em enfermagem e é especialista em enfermagem médico cirúrgica. Aos 27 anos começou a trabalhar na Santa Casa Marvão, passou pela unidade de cuidados continuados da Beirã e, presentemente, no hospital de Portalegre.

Como curioso começou a estudar os processos de fermentação, até pensou fazer vinho, mas rapidamente percebeu que o seu focus seria a cerveja. Começou por brincadeira a produzir cerveja em baldes de plástico, com um kit que adquiriu, e foi assim que começou a sua primeira produção.

Luís referiu, ainda, que nos momentos mais difíceis nascem grandes ideias!

Foi assim que aconteceu com a Casa do Penedo... num ambiente de plena pandemia, onde a criatividade imperava como solução para descomprimir, nasceu a primeira cerveja e o processo foi de tal forma apaixonante que acabou por legalizar o projeto para tornar o negócio mais sério.

Rapidamente deu o salto e entrou em alguns concursos nacionais onde ganhou, em Novembro de 2021, o segundo lugar no concurso nacional de cervejas artesanais na categoria de destaque. A partir daí deu o salto para produzir uma maior quantidade de litros e, hoje, é já é uma referência no alto Alentejo.

Já tem igualmente uma expansão nacional e tem a sua própria fábrica nos Fortios, onde vai conciliando com a sua atividade no hospital.

Luís referiu que teve uma grande fonte de inspiração, que gosta sempre de referir, que forma os seus colegas cervejeiros, da cerveja Barona, de Castelo de Vide.

Atualmente tem 10 referências de cerveja já com a 11ª a fermentar para sair em breve. Todas as garrafas possuem uma ilustração de acordo com o estilo da cerveja, feita pelo ilustrador de Castelo de Vide, Paulo Belo Costa.

Como projetos de futuro está a desenvolver duas cervejas artesanais com baixo teor alcoólico seguindo uma tendência das revistas da especialidade americanas. Luís trabalha sozinho neste projeto e é assim quer continuar para garantir a qualidade que tem tido até agora, pois existem segredos que efetivamente fazem parte do negócio!


Casa do Penedo Brewery
Rua do Cimo da Vinha, Lote 6H
7300-658 Fortios, Portalegre

Contactos:
 +351 963879729
casadopenedo.net
casadopenedobrewery@gmail.com