Casas do contrabando – Alojamento Local

Passear pelo Alentejo e contemplar as suas belas paisagens é sempre um bom motivo para sair de casa. E foi isso que fizemos, fomos até à zona de Marvão, mais concretamente à aldeia de Galegos, que está inserida geograficamente em pleno espaço da rota do contrabando, outrora palco de todas as transações comerciais de grande importância junto à Extremadura espanhola. Nesta aldeia tudo se comercializava quase tudo, desde o café ao enxoval dos noivos casadoiros, era um verdadeiro “centro comercial” onde de tudo um pouco se transacionava, era, por isso, o centro nevrálgico do comércio nesta região.
A rota do contrabando do café ganhou especial destaque, nesta aldeia, durante o Estado Novo, quando o comércio do café era restrito e sujeito a impostos muito elevados.
Após essa época, com as fronteiras controladas e com horários de abertura e encerramento, havia até quem se atrasasse e não conseguia chegar a tempo de passar as fronteiras. Os salões de baile e as tasquinhas com diversos petiscos, ajudavam os mais foliões a passar a noite até à abertura da fronteira para Espanha.
Foi nesta aldeia de Galegos, com tanta riqueza histórica e conhecida pela sua beleza e tranquilidade, hoje habitada por pouco menos de 20 pessoas, que fomos descobrir as Casas do Contrabando, um verdadeiro espaço para quem procura paz e o contacto com a natureza.
Fomos recebidos pelo anfitrião Eduardo, um lisboeta que viveu a maior parte da sua vida em Paço d’Arcos e, com um pai magistrado, também viveu umas temporadas entre Angola e Moçambique. Formado em gestão de empresas, foi no marketing e comunicação que encontrou o caminho da sua vida profissional. Também um apaixonado pelas artes. Desde muito cedo que Eduardo dedica parte do seu tempo à pintura, óleos, acrílicos e desenho.

Um dia resolveu ir almoçar ao Alto Alentejo e acabou por dar um grande passeio na região. Desde esse dia, voltou sempre e nunca mais deixou de voltar, até que em 2014 vê um terreno à venda em Galegos e não hesitou em comprá-lo. Em 2016, ainda a residir em Paço d’Arcos, abriu as portas deste Alojamento Local “Casas do Contrabando” e, no período do Covid, encontrou uma janela de oportunidade para nunca mais sair da aldeia de Galegos.
O alojamento, situado mesmo por cima da Ribeira de Galegos ou de São Brás (nome antigo), é um local bastante privilegiado por toda a sua envolvente e pelo som natural da água a correr. Dispõe de 4 quartos duplos e 1 suíte familiar. Cada detalhe nestas casas é único, onde os livros e as obras de arte são soberanos. Cada recanto conta uma história através das obras que vamos encontrando, quer de Eduardo quer de diversos outros artistas.
Antes da chegada dos hóspedes, cada quarto é apetrechado de um livro adaptado à língua de cada cliente, todos são convidados à leitura. Eduardo promove ainda uma brincadeira para os clientes que levam livros, onde são convidados a desapegarem-se dos mesmos e a deixarem uma fitinha vermelha como marcador e, passado algum tempo, o “livro” pergunta ao dono quando volta à casa para o acabar de ler!
Foi com muito gosto que fizemos esta visita e esperamos voltar em breve, para ver os projetos futuros do Eduardo, duas novas casas num conceito T1, já em desenvolvimento. Aguardemos as novidades.

Casas do Contrabando
Estrada da Fontanheira
7330-063 Galegos
Tel. 245 965 032


Crocante Franciscano

Ingredientes :

  • 150g chocolate negro de culinária
  • 80g ginja descaroçada
  • 1 iogurte grego natural
  • 1 colher sopa de compota de ginja
  • 1 pitada de sal grosso
  • 1 colher chá de óleo de coco

Modo de reparação:

Num papel vegetal formar um retângulo com as ginjas descaroçadas. Colocar outro papel vegetal por cima das ginjas e acalcar bem com a ajuda de copo, até ficarem espalmadas. Retirar o papel vegetal de cima.
Numa taça misturar o iogurte greco com a compota de ginja e dispor por cima das ginjas. Derreter o chocolate com o óleo de coco e colocar por cima do iogurte grego.
Finalizar com sal grosso a gosto.
Colocar no congelador por 2 horas, cortar em quadrados e comer de seguida. Conservar no frigorifico.

Sugerencia: acompanhar com um café no final da refeição.


Casa da Nora – Alojamento local no Alto Alentejo

Fomos até à aldeia de Fortios num belo dia de sol, conhecer a Rita Tavares que está à frente de um projeto de família que vai já na 4ª geração. Tivemos a oportunidade de visitar este espaço tão cheio de histórias e valores e ficar a conhecer um pouco melhor quais as origens que deram vida a este belíssimo local.
Casa da Nora é o nome atual deste Alojamento Local, integrado na herdade do Monte Figueira, mais conhecido por Monte do Outeiro outrora espaço dedicado inteiramente à exploração agropecuária onde trabalhavam muitas pessoas no Outeiro, ou seja, quase toda a população dos Fortios, conforme referiu Rita. Foi na segunda geração da família que o avô e o tio da Rita, Marcelino Tavares e José Tavares respetivamente, impulsionaram o negócio da agropecuária que perdura até hoje. Na altura havia um forno e uma queijaria que, juntamente com os animais, serviam não só para abastecer a casa da família como os trabalhadores da exploração.
O Avô da Rita, um homem muito avançado para a época, era especialista em rebanhos de ovelhas e na altura foi a França buscar uma raça que não havia em Portugal denominada de Merino Precose. Uma raça que a família preserva até hoje, como forma de manter vivas as memórias do avô.
Anos mais tarde, a 4ª geração da família promoveu a recuperação dos edifícios e a valorização das dependências agrícolas existentes. As obras decorreram em plena pandemia e, em 2023, nasceu a Casa da Nora, um bonito alojamento localizado numa posição onde a vista infinita, sobre o campo, é de cortar a respiração.
Este espaço conta com 5 quartos duplos e é possível hospedar 15 pessoas. As decorações são simples, misturando um toque contemporâneo e rústico ao mesmo tempo, nunca perdendo a essência do espaço e da história, conforme referiu a Rita. A casa tem ainda áreas de lazer que convidam à leitura e ao relaxamento, uma cozinha que todos os hóspedes podem utilizar e um espaço exterior com uma grande piscina para os dias quentes de Verão.
Durante a estadia é possível usufruir de um excelente pequeno-almoço com produtos da época e confecionados no local. Ainda é possível desfrutar de todas as áreas exteriores do edifício, contemplando os diferentes animais que existem na herdade.
A Despensa Franciscana ficou rendida a este espaço tão familiar e acolhedor e recomenda a todos aqueles que pretendam ter uma estadia no Alto Alentejo, longe da confusão e ao mesmo tempo muito central para usufruir de todas as atrações turísticas da região.

Contactos Casa da Nora:
Monte Figueira
7300-378 Fortios
Tel. +351 915 723 960
Correo electrónico: acasadanora@gmail.com


Pavlopa Franciscana com crocante de bolachas de aveia e ginja

Ingredientes Pavlova:

  • 160 g açúcar
  • 1 c. sopa de amido de milho
  • 4 claras de ovo
  • 1 pitada de sal fino
  • 1 c. chá de sumo de limão

Recheio:

  • 400 ml de natas bem frias 35% MG
  • Sal al gusto
  • 1 c. chá de sumo de limão
  • Ginjinhas q.b.
  • 3 c. sobremesa de compota de Ginjinha
  • 80g de bolachas de aveia e ginja
  • Morangos q.b.
  • Folhas de hortelã para decorar

Modo de reparação:

Pré aqueça o forno a 120°C. Numa folha de papel vegetal, faça um círculo a lápis para delimitar a área da pavlova e vire o papel para baixo num tabuleiro.
Pulverize o açúcar e o amido de milho e reserve. Bata as claras em castelo, juntando uma pitada de sal, o sumo de limão e 80g do açúcar reservado e bata durante 4 min.
Adicione o restante açúcar e bata por mais 4 min. Com a ajuda de uma colher ou espátula, disponha o merengue no papel vegetal, dentro do círculo que delimitou, e leve ao forno a 120°C durante 1 hora e 15 minutos e até ficar estaladiço por fora e ligeiramente mole por dentro. Desligue e deixe arrefecer por completo dentro do forno. O ideal é fazer num dia à noite e deixar arrefecer até ao outro dia de manhã.

Para o recheio:

Bata as natas durante 2 minutos ou até ficarem consistentes e envolva com as ginjinhas. Com a ajuda de uma colher, abra cuidadosamente a pavlova na parte de cima e recheie com este preparado. Quando terminar coloque uns fios de compota por cima e guarneça com as bolachas de aveia e ginjinha partidas com a mão e finalize a decoração com morangos e com a folhas de hortelã.

Nota: a finalização pode ser com outras frutas a gosto